Postado em 30/11/2020
Apesar de ser primordial no contexto do esporte e da Educação Física, a área de gestão esportiva ainda é nova, com poucas informações disponíveis. Grande parte das dificuldades das empresas desse segmento passa pelo desconhecimento da gestão.
Contudo, quando a “profissionalização da gestão” vem à tona, embora ela geralmente aponte que algo precisa ser feito, poucos exemplos práticos de como deve ser feito são oferecidos.
Ainda faltam modelos de gestão facilmente replicáveis por qualquer profissional atuante na área do esporte. Aplicar a teoria na prática beneficia a todos, tanto do lado de quem as promove quanto de quem as recebe.
O que é gestão esportiva
Como objeto de estudo, a gestão esportiva começou a receber atenção por volta dos anos 1960, nos Estados Unidos. Nesse período, o esporte profissional e universitário começava a movimentar algumas centenas de milhares de dólares.
À medida que marcas tradicionais despertaram o interesse de compra dos torcedores, a mídia passou a divulgá-las de forma mais estratégica. Esse movimento fez surgir no mundo todo uma nova indústria extremamente lucrativa.
Os números da indústria do esporte são gigantescos e crescem a cada ano, chegando a representar cerca de 1% a 2% do PIB mundial. Fazem parte dessa indústria, por exemplo, artigos esportivos, ingressos, licenciamentos, transferências, acordos de transmissão, canais de televisão, arenas e patrocínios.
Além desses, existem os produtos e serviços relacionados não só ao esporte, como também ao fitness, à recreação e ao lazer. No Brasil, a tendência não é diferente, e vemos grandes investimentos na utilização do esporte como negócio.
Empresas que fazem gestão esportiva
Há dois tipos de empresas que atuam na indústria do esporte. De um lado, existem as organizações que têm o esporte como atividade principal: academias, times, escolas, federações, confederações, ligas. De outro, as organizações que utilizam o esporte para promover os seus produtos e serviços. Em geral, são os fabricantes de materiais esportivos, as emissoras de TV e as agências.
A gestão esportiva está relacionada especialmente ao primeiro tipo de organização, pois é ali onde acontecem atividades de coordenação esportiva propriamente dita. As empresas que usam o esporte para promover os seus bens são consideradas “satélites” à gestão esportiva.
Elas não têm a coordenação de atividades esportivas como centro do seu modelo de negócios. Entretanto, são economicamente muito importantes para movimentar a indústria e ajudar a manter as empresas de coordenação esportiva.
Fonte: biaamorim.com.br